segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Somos um só

Há 4 anos atrás estava agoniado para saber quando  iria ver o João que não fosse através do ultra-som. A previsão era que fosse no dia 20 de novembro, mas a pediatra contou milhões de histórias e fez com ele viesse ao mundo no dia 18. Não vi o parto, segundo os médicos era proibido, esperei e chorei. Quando ouvi o choro dele pela primeira vez não sei como fiquei, quando o segurei no colo pela primeira vez não faço ideia do que senti. 

Um dia ele deitava na minha barriga enquanto assistia futebol, no outro ele acordou e veio andando até mim para me acordar. Antes o carregava no colo como carrego uma bola para jogar futebol, hoje o carrego como se tivesse fazendo musculação. Ele mudou minha forma de pensar e mostrou que o mundo vai muito além do meu umbigo. As decisões eram mais fáceis, mas as conseqüências de hoje são mais relevantes.

Não existe nada mais importante na minha vida que o João, troco tudo para poder ouvir a sua risada ou ficar ao seu lado no hospital quando preciso. Fui abençoado sem ao menos saber se estava preparado, porém o tempo e as pessoas que convivem comigo mostraram que estava no caminho certo. Apesar disso eu sei que errei bastante e infelizmente cometerei outros erros. Talvez um deles seja a frase que digo quando ele se bate e começa a chorar: "Filho, só se bate quem é feliz". 

A relação que construímos é muito bonita,  mais bonita que aqueles cachos voando contra o vento. Posso contar com ele e ele comigo, uma "pessoinha" me traz tanta felicidade com uma simples palavra, papai.