terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Meu escudo chamado João e minha namorada Ju.


Como todos sabem criei esse blog para contar minha história como pai e praticamente todos os postes são focados diretamente para o João. Este não deixa der ser sobre o João, mas ele não é o protagonista
Criei uma teoria onde tudo giraria em torno dos 5 anos de idade do João, vou explicar, tudo iria mudar quando meu filho completasse essa idade, ok não fui claro. Até hoje me pergunto o porquê dessa teoria, uma conclusão que cheguei foi que estava usando o João de escudo para fugir de algumas decisões. ( Quando vocês me ligam, perguntam se posso sair e digo que não pois estou com o João é verdade, podem até bater lá em casa). Não que minhas decisões fossem falsas, mas foram tomadas baseada no meu medo de encarar a realidade.


Ter um relacionamento entrava na minha teoria dos 5 anos, a idéia de ter uma pessoa entrando na minha vida e do João não me parecia saudável. Ela iria querer um companheiro, mas eu não poderia oferecer isso, pois muitas vezes teria que ficar com meu filho e não teria como dar a atenção para ela. Que mulher iria aceitar isso? Sempre pensei que no início qualquer uma aceitaria, mas uma hora não iriam mais gostar. Antes de começar a namorar a Ju, ela já me mostrava que haviam falhas na teoria dos 5 anos. Saíamos e levávamos o João, queria jogar bola com os amigos mas o João estava lá em casa, ela ia conosco pra pelota e ficava brincando com João enquanto o pai dava um show dentro de campo. 

Começamos a namorar e esse lado afetivo da Ju me deixava confortável para apresentá-la pro meu filho como minha namorada. Acho que ele não sabe muito bem o que é isso, mas se ele vier falar que escondi minha namorada dele é mentira e aqui fica o registro de como sempre joguei limpo com ele, tá na internet é verdade. O dia que percebi que minha teoria não era exata foi quando tive a oportunidade de trabalhar como assistente de produção no filme Orfãos do Eldorado. Achei que iria perder essa chance porque o horária era muito corrido, 12h de trabalho por dia e 6 vezes durante semana. Como iria fazer com o João? Não tenho como contar sempre com meu pai, pois ele trabalha muito e algumas vezes tem que viajar a trabalho, não conseguia achar uma babá para cuidar dele, primeiro porque não confio em estranhos para olhar meu filho e segundo que as indicações dos amigos não deram certo, as pessoas de confiança estavam todas trabalhando. Contei pra ju que iria desistir e ela disse que não, ficava com o João nos dias que fossem necessário. Afinal ela "só" teria que olhar, buscar na escola, brincar e etc, galho fraco. Foram dois meses cuidando do pequeno little john e durante esse período o João teve mais contato com a Ju que comigo.

O João ganhou uma amiga mais velha, que brinca com ele de castelo. Uma amiga que fica fazendo vião e depois reclama que não tá sentindo o braço. Alguém que ele possa confiar ao ponto de falar pra mim: "papai não pode, vem tia ju"
E eu? Eu ganhei uma namorada, que me ama e ama meu filho. 

Ju, obrigado. Te amo!


















segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Ajoãolizando

No ano de 2013 muitas coisas aconteceram na vida do João e poucas foram escritas aqui, mas o mais incrível foi o que não aconteceu. Pela primeira vez o pequeno kato passou um ano sem ter que ficar hospitalizado, acho que comer com mão suja e pegar comida do chão em casa está fazendo efeito. Os anti-corpos estão sendo criados e o menino está aguentando.


Além disso o mini-me saiu da fralda, meu bolso agradece e o meio ambiente também. Vocês não tem idéia como isso é bom, de noite então fica mais evidente. Estou dormindo, quando de repente sinto algo quentinho se espalhando, penso que estou abraçado e sou surpreendido por um cheiro forte. Sempre quero acreditar que o João não tá fazendo xixi na cama, muito menos na minha, e fico pensando que é suor. Apesar do banho de urina, é bem melhor ele estar usando cueca que fralda.


Em 2013 o João começou a falar melhor, saindo um pouco do Joãopones, e como é legal conversar com ele. Sentir como ele absorve todo esse conteúdo de informação e transmite para nós. Essas informações se transformam em fantasias e depois em brincadeiras. 
Não tenho do que reclamar, a vida está fluindo melhor do que eu imaginava. O principal para isso acontecer é ele, pois minhas decisões são baseadas em como minha vida com ele pode melhorar e até agora só vem me trazendo coisa boas.